sábado, 10 de julho de 2010


Prisão de Luxo!

Eu queria gritar mas as conveniências não me deixam.
Queria poder sair, sentir o vento bater no meu rosto e esquecer por um instante a dor que sinto.
Queria poder falar, nem isso posso, me sinto presa a essa sociedade hipócrita que sei se escandalizaria com o meu grito de liberdade.
Me sinto diferente, algemada, presa em uma grade de ferros imposta pelo amor exacerbado dos meus donos. Presa a conveniências sim, a certeza de alguns e a minha incerteza. Pensamentos limitados à quatro estacas de tijolos onde sei que morrerei, meu coração grita por socorro mas ninguém ouve, minha vida é minha punição pelo crime de pensar na minha libertação.
Queria poder cair, me estraçalhar na queda e me sentir normal, sinto vergonha do que vejo no espelho ao olhar o meu desespero em busca de liberdade de expressão, censuraram meus passos, prenderam minhas palavras, pagaram pelos meus pensamentos, tenho donos da minha ideologia, não tenho nada, só quatro paredes que me prendem e um coração que fala através de uma caneta.
Essa é a única arma que preciso pra lutar, ela fala a linguagem do coração.

Leidiane Ribeiro

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