Há dias me sinto só...

Há dias em que tudo parece não andar, não fazer sentido e tudo é bastante relativo, pois parece que de repente o mundo parou, as pessoas não falam a sua língua e no entanto elas são tudo e unicamente o que você "têm". A verdade é que realmente não se tem nada e não se pode tudo. Sinto falta de um passado recente em que eu podia gritar em silêncio e me ouvirião, hoje por mais que eu queira não tem ninguém que possa me ouvir com o coração; As pessoas correm contra o tempo, foi o que fiz, deixei para trás tudo que me fazia sorrir, todos que faziam respirar, simplesmente pra morrer sem ar por falta de amor. Amor que o tempo arrancou de mim, não me deu escapatória e nem um tipo de refúgio. Ilusão ou não me perdi, não me encontro, não me conheço mais. O que sei é que uma dor infinita tomou conta de mim e hoje sou só SOLIDÃO.

A VERDADE DESSE AMOR!

É inexplicável o que sinto, no entanto sinto.
É cruel, forte, doloroso e silencioso. Uns chamam de amor, outros chamam de encanto, eu chamo de entrega.
Entreguei em tuas mãos minha vida e o fiz ela própria, por ingenuidade ou encanto, não sei, o fato é que te amei.Sinto uma navalha em meu peito, me cortando por dentro e me ferindo mortalmente. Tenho que me calar pra te ouvir, tenho que me anular pra te ver viver, tenho que te amar deixando assim de me amar.
Estou presa à esse amor, por não querer renunciá-lo, renuncio à mim, morri pra me sentir viva.
Em ti encontrei um esconderijo e nas lágrimas  que agora escorrem no meu rosto me refugio. Em nome desse amor perdi minha identidade, pra me certificar de que ele  é verdadeiro acreditei na mentira dos seus olhos e do teu beijo. Essa verdade é mais bonita do que a mentira guardei em mim .
Essa é a  verdade desse teu amor; desse meu amor que o tempo e a  distância não apagou .

Prisão de Luxo!

Eu queria gritar mas as conveniências não me deixam.

Queria poder sair, sentir o vento bater no meu rosto e esquecer por um instante a dor que sinto.

Queria poder falar, nem isso posso, me sinto presa a essa sociedade hipócrita que sei se escandalizaria com o meu grito de liberdade.

Me sinto diferente, algemada, presa em uma grade de ferros imposta pelo amor exacerbado dos meus donos. Presa a conveniências sim, a certeza de alguns e a minha incerteza. Pensamentos limitados à quatro estacas de tijolos onde sei que morrerei, meu coração grita por socorro mas ninguém ouve, minha vida é minha punição pelo crime de pensar na minha libertação.

Queria poder cair, me estraçalhar na queda e me sentir normal, sinto vergonha do que vejo no espelho ao olhar o meu desespero em busca de liberdade de expressão, censuraram meus passos, prenderam minhas palavras, pagaram pelos meus pensamentos, tenho donos da minha ideologia, não tenho nada, só quatro paredes que me prendem e um coração que fala através de uma caneta.

Essa é a única arma que preciso pra lutar, ela fala a linguagem do coração.

Leidiane Ribeiro

TEMPO CRUEL!

O tempo passou rapidamente...

E eu cruelmente envelhecí...

Da vida já cansada e dos meus dias afadigada, penso se tenho tempo ou se o tempo é na verdade o dono poderoso e único do ser humano...

O tempo cura as feridas mas traz a saudade, saudade que abre cicatrizes, que dói em desatino, que mata, que isola, não sei se tenho ainda um dia de vida e no fundo eu queria não ter, já não tenho sonhos, já não amo, já não sou e tampouco quero ser, sonhar e amar...

O tempo voou, te levou e não trouxe mais, maldito tempo que condenou-me à um leito... leito de morte...

Leidiane Ribeiro

AMIGO DE INFÂNCIA! AMIGO PRA SEMPRE...

Crescemos juntos, brincamos de descobrir a vida e por sermos tão unidos acabamos confundindo amizade com amor; O que não atrapalhou; a nossa amizade se sobressaiu firme como sempre.

Tem sido meu anjo da guarda, a luz no fim do túnel e por ser esse amigo adorável te homenageio com este pequena e humilde escrito que te descreve como o meu mais fiel companheiro e meu eterno amigo.

Ele tem o dom de me acalmar, me proteger, tem o coração acolhedor e não me deixa sentir dor, nunca me deu motivos pra chorar, foi e é incapaz de me trair, pra mim ele é perfeito e ai de quem não pensar assim, pela felicidade dele juro que daria a vida porque sei que à mim ele não negaria algo parecido, de sua boca só saem palavras doces que se comparadas a mel se igualam a tal; nossa amizade é eterna e sei que é sincera, o olhar dele me diz isso e as ações, estas sim me tiram as possíveis dúvidas em relação ao meu eterno e bom amigo;

O amigo com quem brinquei, hoje me ajuda a lidar com os brinquedos que a vida impõe e que muitas vezes me deixam no chão...!

Em homenagem ao amigo: Carlos Augusto da Silva Dos Santos.

Leidiane Ribeiro

VOCÊ!...

Apesar de tudo...

Você é pra mim horizonte azul; É o sol que se vai no fim da tarde; É a chuva que cai num dia triste...

Hoje o dia trouxe-nos de presente o sol, Este sol que aquece, que queima e que ilumina; Este sol é VOCÊ...

Você é: mel que adoça meu ser, é fel que fere minha alma; É cachoeira que derrama por inteiro minha chama de amor; É fogo que me consome e destrói; Mas é você tudo que amo.

É o seu beijo que aquece, é o teu corpo que venero, é você que quero e é por você que espero todos os dias, todas as noites, é com você que sonho e é por você que vivo, porque é você que eu amo.

Você é a esperança no fim do dia, é lua cheia ao anoitecer, é minha vida e a certeza de continuar viva.

Falo de amor, de paixão, falo de mim, de você, de nós dois, desse amor que nos uniu, dessa paixão que nos mantém, de nós dois que hoje somos um só e seremos pra vida inteira.

É você minha inspiração, é você o meu sol, a minha lua, é você o amor da minha vida, é você o meu amor pra vida inteira!.

Em homenagem à: Jackson (Meu Marido)

Leidiane Ribeiro

PERDI...

Perdi...

Perdi meu pai e me vejo sem saída, sem rumo, nem direção.

Perdi minha identidade e hoje não sou mais nada; Ele me deu a vida e me ensinou à viver, do seu suor saiu o alimento que matou minha fome. o estudo que me deu conhecimento; O estranho é que nada pude fazer nada por meu pai ao vê-lo suplicar com os os olhos por ajuda.

Eu quis morrer ao vê-lo partir; Por uma injustiça ele perdeu a vida e eu o direito de ter meu pai.

Em homenagem ao Pai: Luis Eugênio Da Paz

Leidiane Ribeiro Da Paz.